O passado de São Paulo está presente nas ruas da cidade.
A cidade de São Paulo passou por muitas transformações ao longo da sua história. Para quem olha distraidamente para a cidade parece que o passado desapareceu. No entanto as suas marcas sobrevivem, as vezes nos lugares menos prováveis e inusitados.
Os nomes das ruas, por exemplo, nos fazem recordar cenas e situações que já não existem. No centro da cidade se pode andar pelo Largo da Pólvora, rua do Tesouro, rua da Boa Vista e muitas outras.
A rua do Hipódromo, na Mooca, é uma delas. Ela marca aproximadamente o local do velho Hipódromo da Mooca, inaugurado em 1876 e que foi durante muito tempo o centro social e esportivo da cidade. O Grande Prêmio São Paulo, principal evento turfístico da cidade, foi realizado lá de 1923 a 1941. Depois dessa data, o crescimento do público e da cidade tornou pequenas e acanhadas as velhas instalações e foi preciso mudar o Jockey Club para a Cidade Jardim.
Mas enquanto o velho hipódromo funcionou foi o foco dos principais eventos sociais da cidade e reunia nos seus grandes dias, a nata da elite paulistana. As mais ricas famílias de São Paulo se dedicavam a criação de cavalos e o principal industrial da Mooca, o conde Rodolfo Crespi era um grande criador e por muitos anos presidiu o Jockey Club.
O conde foi dono da maior fiação e tecelagem da cidade, cujo prédio original ainda sobrevive na rua dos Trilhos, hoje transformado em supermercado.
As marcas das corridas permanecem até hoje no bairro da Mooca. Ainda se pode ver na rua Itajaí as antigas cocheiras, transformadas agora em um órgão da prefeitura. Também sobrevive numa travessa da rua dos Trilhos, a rua Marcial, nome dado em homenagem ao cavalo campeão do conde Rodolfo Crespi, que brilhou nas pistas do Hipódromo da Mooca nos anos finais do século 19.
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