Para Sérgio Abranches, modelo se rompeu com o fim da polarização entre PT e PSDB
O modelo político de um país não é arbitrário, se impõe pelas relações políticas e sociais que refletem estruturas organizacionais, culturais e históricas, explica o sociólogo e cientista político Sérgio Abranches em participação no “De Volta ‘Pra’ Casa”. Autor do livro recém-lançado “Presidencialismo de Coalizão – Raízes e Evolução do Modelo Político Brasileiro”, Abranches adianta: “Nem o presidencialismo nem a coalisão são o mau em si mesmo”.
A formação de coalizões é uma prática histórica, executada para garantir a governabilidade no Brasil, em que o quadro político é multipartidário, competitivo, fragmentado e marcado pela heterogeneidade. De acordo com Abranches, a problemática se constitui pela busca por vantagens partidárias ou pessoais ilegítimas para participar do poder, independentemente da discussão de políticas públicas e do beneficio da coletividade. O especialista afirma que o modelo precisa ser manejado de modo a produzir políticas públicas de qualidade, mais legitimidade e participação da cidadania no processo decisório.
Para Abranches, o sistema político partidário tradicional, estruturado a partir do eixo da polarização entre os partidos PT e PSDB na disputa pela Presidência da República, se exauriu. O realinhamento partidário radical indica a dissolução do modelo e a transformação do presidencialismo de coalização. Na avaliação do sociólogo e cientista político, no futuro, com muita discussão e formação progressiva de consensos, o pacto federativo deve ser repensado para descentralizar a federação, reduzir o poder e o peso financeiro de Brasília e dar mais responsabilidade aos estados e municípios.
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