Marcello Dantas avalia o que foi afetado no incêndio que atingiu o Museu Nacional
O incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruiu pelo menos 90% do acervo composto por mais de 20 milhões de objetos. Desde 2014 o prédio vinha recebendo apenas R$ 54 mil dos R$ 520 mil da verba anual necessária para a manutenção.
O curador Marcello Dantas afirma que o Museu Nacional é uma oportunidade rara na história da formação de um acervo que não se forma mais no mundo. “A pesquisa antropológica do museu do território brasileiro é irrecuperável. Porque são achados muito singulares, muito únicos que os pesquisadores do Brasil e o colecionismo de Don Pedro II fizeram com que o Brasil tivesse essas coisas. Não tem mais em lugar nenhum do mundo”, explica Dantas.
O especialista lembrou outros acidentes parecidos no país: “O MAM do Rio queimou, o acervo do (Helio) Oiticida queimou, o Museu da Língua (Portuguesa), o Memorial da América Latina queimou. Todos esses eventos de alta destruição do Brasil são sempre causados por uma carga elétrica”, comenta.
Na opinião de Dantas, a Universidade Federal do Rio de Janeiro não pode se eximir da responsabilidade sobre o incêndio. Estando ciente das condições do museu, o correto seria fechar o espaço para a visitação e buscar a verba para a restauração, como foi feito no Museu do Ipiranga, em São Paulo. “A universidade tem que ter a competência de dizer: não temos condições de manter isso aberto”, conclui.
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