Para o economista Vinicius Müller, publicação é oportuna ao associar o fenômeno ao populismo
O Centro Ruth Cardoso promoveu, na última quinta-feira (25), um debate sobre o novo livro da ex-Secretária de Estado americana Madeleine Albright, “Fascismo - um alerta”, com participação dos estudiosos Maria Luiz Tucci Carneiro, Denis Burgierman e Vinicius Müller.
O livro é muito oportuno, pois associa o avanço do populismo ao fascismo, disse o economista Vinicius Müller em participação no “De Volta ‘Pra’ Casa”. De acordo com o especialista, a ascensão do populismo se deve à percepção dos resultados da ordem econômica, política e social chamada genericamente de globalização, que teria produzido efeitos muito diversos não só entre os países, mas principalmente dentro dos países.
Os “perdedores da globalização” reagem com argumentos nacionalistas, patrióticos e românticos, que idealizam o passado. O discurso antiglobalização ganha contornos cada vez mais agressivos, que apontam culpados específicos pelas perdas. Müller apontou que líderes, como Donald Trump, misturam nacionalismo antiglobalização e culpabilização de elementos característicos, como a imigração.
Para o economista, as expressões “direita” e “esquerda” não representam suficientemente o debate. Regressistas e progressistas seriam termos mais adequados, assim como liberais e não liberais, para qualificar os mais ou menos abertos ao intercâmbio produzido pela globalização. Müller adiantou que a publicação de Madeleine Albright considera que o avanço do populismo é antiliberal e deve ser respondido com a manutenção das instituições liberais.
Para Vinicius Rodrigues Vieira, a crise do novo coronavírus prejudicou o atual presidente dos EUA
Carlos Rittl falou sobre a importância da preservação do planeta para a qualidade de vida da população
O médico Jean Gorinchteyn participou do De Volta 'Pra' Casa e falou sobre expectativa pela vacina contra Covid-19
Felipe Loureiro participou do De Volta ‘Pra’ Casa e analisou o movimento
O disco apresenta uma série de "singles filmes"
Marcos Nobre, presidente do Cebrap, comentou a atual crise política