Cerca de cem obras da artista viva mais celebrada do Japão ficam no Instituto Tomie Ohtake até 27 de julho, como conta o diretor do espaço Ricardo Ohtake
Obsessão infinita, de Yayoi Kusama, chega a São Paulo depois de passar por Rio de Janeiro e Brasília, acrescida de duas obras especialmente trazidas para a exposição no Instituto Tomie Ohtake. São grandes esculturas das séries Accumulations: Sem título, 1962-1963 e Desire for Death (Desejo de morte), 1975-1976.
Ricardo Ohtake, diretor do Instituto, falou ao De volta 'pra' casa sobre a exposição. "Nós ficamos muito surpreendidos pelo sucesso que foi essa viagem pela América Latina. Em Buenos Aires, 300 mil pessoas visitaram a exposição; no Rio, 750 mil; e em Brasília, 450 mil. Eu acho que são números que dificilmente alguma atividade cultural conseguiu ter aqui nesse continente. Mesmo grandes shows de rock não tiveram o número de visitantes que teve a exposição da Kusama", conta Ohtake.
As cem obras da artista cobrem o período de 1949 a 2012, entre pinturas, trabalhos em papel, esculturas, vídeos, apresentação de slides e instalações, entre elas a famosa Dots Obsession.
"Ela realmente sempre foi muito obsessiva", explica o diretor. "Ela começou a fazer também algumas instalações, salas que ela ambienta de um jeito que, quando você entra, não acredita no que está vendo. São aqueles jogos de luz, aqueles pontos que ficam piscando, o chão que você anda. Ela usa muito espelho. É um trabalho absolutamente fantástico", relata. Confira a entrevista na íntegra.
Serviço:
Obsessão Infinita, de Yayoi Kusama
Curadoria: Philip Larratt-Smith e Frances Morris
Instituto Tomie Ohtake - Avenida Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés, 88), Pinheiros
De 22 de maio a 27 de julho de 2014
De terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca
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