Presidente brasileiro afirmou que só aceitará auxílio do G7 se Macron retirar insultos contra ele e o Brasil
O Palácio do Planalto confirmou na noite da última segunda-feira que o governo brasileiro decidiu rejeitar a oferta de US$ 20 milhões dos países do G7 para ajudar no combate às queimadas na Amazônia.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que o presidente da França terá de "retirar insultos" contra ele e contra o Brasil antes de considerar aceitar a ajuda financeira. Ele disse que Emmanuel Macron o chamou de "mentiroso" e ameaçou a soberania da Amazônia ao falar sobre a definição de um "status internacional" da região.
“Parece que existe um manual de procedimento ‘à la Trump’, baseado na truculência, numa certa desfaçatez em dizer que não disse o que disse, baseado neste enfrentamento, que na boca do presidente norte-americano tem algum sentido, porque, afinal de contas trata-se da principal economia e da maior potência atômica do mundo”, aponta o cientista político e professor do Insper Carlos Melo.
“Mas, no nosso caso, sem desmerecer a grandeza do Brasil, parece que o presidente Bolsonaro não sabe exatamente os problemas que existem aqui, parece que desconhece que precisamos trazer investimentos para o país, nós estamos vivendo um momento econômico terrível, com milhões de desempregados e o presidente brasileiro está agindo de uma forma ridícula”, completa ele.
Em meio a crise diplomática entre Brasil e França, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, declarou que os recursos que seriam destinados ao país poderiam ser usados para reflorestar a Europa e que a França tem “muito o que cuidar em casa e nas colônias francesas”.
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