Quase um manifesto, um resumo do programa poético do pantaneiro que conquistou o Brasil
Quando chegou a notícia da morte de Manoel de Barros, escolhemos dois poemas dele para ler no mesmo dia – a primeira Canção de Ver e os versos de No aspro. Foram lidos no calor do momento, mas o segundo deles, por ser quase que um resumo do programa poético de Manoel de Barros, quase um manifesto, é o que escolhemos para reler e fechar esta semana dedicada ao poeta pantaneiro que conquistou o Brasil. Ouçamos novamente, então, No aspro.
Manoel de Barros: No aspro
Queria a palavra sem alamares, sem
cantilenas, sem suspensórios, sem
talabartes, sem paramentos, sem diademas,
sem ademanes, sem colarinho.
Eu queria a palavra limpa de solene.
Limpa de soberba, limpa de melenas.
Eu queria ficar mais porcaria nas palavras.
Eu não queria colher nenhum pendão com elas.
Queria ser apenas relativo de águas.
Queria ser admirado pelos pássaros.
Eu queria sempre a palavra no áspero dela.
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