Manoel é dono de uma sintaxe particular, de uma simplicidade que aparenta seus versos à pintura naïf, porém salpicada pelos encantos da filosofia e da proximidade com a natureza
Iniciamos aqui a ler poemas de Manoel de Barros, nascido em Cuiabá em 1916 e falecido no último dia 13 de novembro, aos 97 anos.
Dono de uma sintaxe particular, de uma simplicidade que aparenta seus versos à pintura naïf, porém salpicada pelos encantos da filosofia e da proximidade com a natureza, Manoel publicou o primeiro livro em 1937 – Poemas concebidos sem pecado. O Livro sobre Nada, de 1996, é sua obra mais conhecida. Ouviremos, agora, o poema Os deslimites da palavra.
Manoel de Barros: Os deslimites da palavra
Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas
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