Prova da fé que o poeta venerava, o poema que leremos a seguir foi publicado no Natal de 1893
Abílio Manoel Guerra Junqueiro foi um dos mais notáveis poetas e panfletários portugueses. Em fins do século XIX, era um dos autores mais populares de seu país e, em 1885, publicou no Porto o livro A velhice do Padre Eterno, obra anticlerical que lhe rendeu grandes dissabores, pois o poeta acusava a Igreja de ter traído a fé que ele venerava.
Prova de sua devoção, aliás, é o poema que leremos a seguir, publicado no Natal de 1893 no jornal O Comércio do Porto Ilustrado e republicado no livro Poesias dispersas, de 1920. O título é dado pelo primeiro verso: Sobre a Palha Loura...
Guerra Junqueiro: Sobre a palha loura...
Sobre a palha loura
Dorme a rir, Jesus:
Tudo a rir se doura
De inocente luz.
Há no olhar etéreo
Do boizinho bento
Sonhos de mistério
Num deslumbramento…
Chegam pegureiros:
Chegam-se ao redor,
Tal e qual cordeiros
Para o seu pastor
Anhos que vêm vindo
Põem-se a meditar:
Que zagal tão lindo
Para nos guiar!
Ajoelham magos,
Êxtase profundo!…
Com os olhos vagos
No senhor do mundo…
E a banhada em pranto
Mãe se transfigura,
Por divino encanto,
Numa virgem pura.
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