Se o sambalanço era a Bossa Nova dançante, o sambajazz é a Bossa Nova do metal pesado
O sambalanço e o sambajazz
Dois subgêneros do principal movimento da música brasileira de todos os tempos são focalizados por Ruy Castro no quarto programa desta série.
Ruy Castro afirma: “O sambalanço e o sambajazz formaram uma espécie de braço armado da Bossa Nova, armado com naipes de metal, uma percussão vigorosa e suingue até dizer chega. Esse lado ‘heavy metal’ da Bossa Nova - em contraposição às vozes macias, ao banquinho e ao violão - resultou em música de altíssima qualidade, quase sempre instrumental”.
O sambalanço foi definido pelo jornalista Tárik de Souza como “a bossa que dança”. Este ar dançante é ilustrado neste programa com registros do conjunto de Ed Lincoln e do cantor Orlandivo.
Já o sambajazz reuniu um time de instrumentistas de alta qualidade. Ruy Casto cita Luiz Eça, Élcio Milito, Moacir Santos e vários músicos que foram para os Estados Unidos, entre eles Eumir Deodato, Sérgio Mendes e o próprio Tom Jobim.
No repertório do programa temos:
1. “The blues walk” (Clifford Brown) – com Ed Lincoln.
2. “São Salvador” (Durval Ferreira e Aglaê) – com Ed Lincoln.
3. “Samba toff” (Orlandivo e Roberto Jorge) – com Orlandivo.
4. “Onde anda o meu amor?” (Orlandivo) – com Orlandivo.
5. “Edmundo” (“In the mood”) (Joe Garland, com versão de Aloysio de Oliveira) – com Elza Soares.
6. “Deixa isso pra lá” (Edson Menezes e Alberto Paz) com Elza Soares e Wilson das Neves.
7. “Nanã” (Moacir Santos) – com o conjunto de Edison Machado.
8. “Quintessência” (Meirelles) – com Os Cobras.
9. “Tamba” (Luis Eça) – com Tamba Trio.
10. “O astronauta” (Baden Powell e Vinicius de Moraes) – com Baden Powell.
11. “Estamos aí” (Mauricio Einhorn, Durval Ferreira e Regina Werneck) – com Leny Andrade.
12. “Samba do dom natural” (Pingarilho e Marcos Vasconcellos) – com Pery Ribeiro e Bossa Três.
13. “Samba de rei” (Pingarilho e Marcos Vasconcellos) – com Leny Andrade.
14. “Embalo” (Tenório Jr.) – com Tenório Jr.
15. “Os grilos” (Marcos e Paulo Sérgio Valle) – Os Catedráticos.
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