Torcendo pela saúde de um dos últimos "grandes velhos"
Certo dia, em 2008, um sujeito do qual não vale a pena citar o nome e que ocupa posição de destaque no stablishment literário paulistano, durante uma conversa sobre poesia, depois de um elogio meu a Ariano Suassuna, rebateu com algumas besteiras que, por misericórdia, não gravei na mente, a respeito da posição político-literária de Ariano não ser "progressista" – como ao ver dele deveria ser – o que justificaria aquele falar mal de sua obra, etc, etc, etc.
Tentei, mas não valia a pena rebater. Há coisas que não podem ser compreendidas pelo discurso racional, e entre elas está a Arte em suas manifestações superiores. Como ela emerge, por exemplo, nos poderosos sonetos de Suassuna, que reverberam de um português sonante, leoninamente rimado e ritmado. Como se diz, existem coisas que se você precisa perguntar, nunca poderá entender. Se o impacto da poesia de Suassuna não é imediatamente perceptível, nem resmas de argumentos vão resolver o caso.
E agora ele, que honra nossas letras, está em coma, num hospital do Recife, e corremos o risco de perdê-lo, um dos últimos "grandes velhos" de nossa literatura, e rezamos e torcemos – Fica, Suassuna! – apesar dos bocós de sempre. Fica conosco um pouco mais, que o peso e luz de tuas palavras nos são precisas e preciosas. Fica, amigo de nosso idioma, Ariano da Pedra do Reino!
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