As citações musicais no ciclo de romances do escritor francês Marcel Proust
(Manuscritos de Marcel Proust)
Neste programa vamos fazer uma especulação literário-musical. Uma especulação sobre qual seria a fonte de inspiração da imaginária “sonata para piano e violino” mencionada pelo escritor francês Marcel Proust no ciclo de romances Em Busca do Tempo Perdido.
Marcel Proust nasceu em 1871, em Auteuil, nos arredores de Paris – cidade na qual morreu em 1922. Filho de uma família da alta burguesia, freqüentou os salões parisienses da Belle Époque, mas sempre teve saúde frágil: acometido de crises de asma cada vez mais intensas, teve de renunciar à vida mundana.
Recolhido em seu apartamento no boulevard Haussmann, num dos bairros mais elegantes da capital francesa, Proust dá início então aos sete romances que compõem Em Busca do tempo Perdido. Essa obra monumental é uma ficção memorialística, em que várias personagens e ambientes freqüentados pelo escritor aparecem transformados em personagens como Charles Swann (um amigo da família de Proust e, como ele, um diletante de origem judaica), a cortesã Odette de Crécy, o barão Charlus (homossexual como Proust) e as inúmeras personagens que desfilam pelos jantares e saraus de duas famílias que encarnam os valores de uma burguesia em ascensão (os Verdurin) e de uma casta mais tradicional e aristocrática (os Guermantes).
Mais do que uma reconstituição de época, Em Busca do Tempo Perdido é, como indica o título, uma tentativa de salvar a memória da passagem do tempo, da inevitável corrupção das lembranças. A escrita de Proust é sinuosa, com longos parágrafos que os críticos descrevem como transcontinentais – ou seja, longos períodos em que as orações se intercalam como as diferentes camadas de tempo que se sobrepõem em nossa memória.
REPERTÓRIO:
Sonata op.75 de Saint-Säens
Sonata em lá maior de César Franck
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