Breve divagação sobre a simpatia do escritor por monarquias
Nesta quinta-feira (24), no ar, uma dezena de frases de Ariano Suassuna. Tiradas da bela entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em 2002. E uma afirmativa delicada.
Suassuna diz apreciar a Monarquia por razões estéticas e literárias (é mais bonita que a República) e faz duas observações bem miradas.
A primeira: no imaginário popular "o reino" é bem mais forte que "a república". Se alguém se destaca, não é chamado de "Presidente", mas sim de "Rei": o Rei da Voz, o Rei Pelé, Roberto Carlos é Rei...
A segunda: não existe relação automática entre democracia e república. Terríveis ditaduras brotaram em hortas republicanas. Exemplo: a república alemã, onde nasceu o nazismo. E há reinos bastante liberais: Inglaterra, Holanda, Japão, Suécia.
Delírios de escritor, talvez. Ele nem achava a Casa de Orleáns (a família real do Brasil) boa da cabeça: uma ala é TFP, a outra amiga de super-capitalistas.
Mas Suassuna estimula a imaginar: como seria se o Brasil fosse um reino? Poderia haver um monarca em molde indígena? Um novo Inca? Um grande Morubixaba? Na grande taba de Pindorama? Afinal, olhando em volta, para a barbárie tecnocrática desse triste agora, não dá parta ter certeza que seria pior...
O cmais+ é e reúne os canais TV Cultura, UnivespTV, MultiCultura,
TV Rá-Tim-Bum! e as rádios Cultura Brasil e Cultura FM.
Visite o cmais+ e navegue por nossos conteúdos.
Compartilhar
Com curadoria de Joca Reiners Terron, o objetivo é criar narrativas orais de modo itinerante
A exposição conta com Mais de 1600 sobrenomes de descendentes de imigrantes, que foram captados em uma ação interativa em 2019
A cantora e compositora Ceumar realiza show para celebrar o lançamento do disco e os 20 anos de carreira
"DOC.malcriadas", criada e dirigida por Lee Taylor, estreia nesta sexta-feira no Teatro João Caetano. Confira entrevista completa
Na capital paulista, existem diversos desfiles e blocos para aproveitar o feriado
A mudança acontece por conta da junção da galeria com o b_arco Centro Cultural, e conta com a curadoria de Renato De Cara