Uma das mais bem sucedidas e famosas traduções de William Blake em português é obra de Augusto de Campos.
Uma das mais bem sucedidas e famosas traduções de William Blake em português é obra de Augusto de Campos. São muitos os que conhecem sua versão dos versos d’O Tygre com a evocação inicial que diz “Tygre, Tygre, brilho brasa, que à furna noturna abrasa”. Ritmicamente impecável, não é entretanto a única tradução em português: Vasco Graça Moura, José Paulo Paes, Ivo Barroso, Alberto Marsicano, Gilberto Sorbini e Weimar de Carvalho, para citar só alguns, se aventuraram na noturna floresta de palavras onde o tigre de Blake se movimenta. Em 2009 este apresentador também ousou verter esse poema que descreve e admira a obra de Deus na criação do Tigre. Mas à tradução foi imposta uma meta: manter o ritmo do original, tal como na versão de Augusto, mas com palavras totalmente outras. Ouçamos o resultado.
William Blake
de Canções da Experiência / O Tygre
tradução Fabio Malavoglia
from Songs Of Experience
The Tyger
Tyger! Tyger! burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Could frame thy fearful symmetry?
In what distant deeps or skies
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand dare sieze the fire?
And what shoulder, & what art.
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand? & what dread feet?
What the hammer? what the chain?
In what furnace was thy brain?
What the anvil? what dread grasp
Dare its deadly terrors clasp?
When the stars threw down their spears,
And watered heaven with their tears,
Did he smile his work to see?
Did he who made the Lamb make thee?
Tyger! Tyger! burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Dare frame thy fearful symmetry?
de Canções da Experiência
O Tygre
Tygre! Tygre! Brilho ardente
na selvagem noite quente,
Qual eterna mão que havia
Fez na fera a simetria?
De qual fundo abismo ou céu
soprou a chama no olho teu?
Em qual asa ousou subir?
Em qual mão tal tocha a vir?
Qual suporte, e quanta arte
pôde os nervos entroncar-te?
Que espantoso muque ou mão
Acordou-te o tambor do coração?
Qual martelo? Qual corrente?
Qual fornalha fez tua mente?
Qual bigorna ou mando atroz
letais lâminas te impôs?
Quando estrelas lancinantes
luz choraram nos céus d’antes,
Quem te fez, sorriu a olhar-te?
E ao Cordeiro fez destarte?
Tygre! Tygre! Brilho ardente
na selvagem noite quente,
Qual eterna mão que havia
Fez na fera a simetria?
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