Robert Frost (1874 - 1963)
Um dos maiores poetas de língua inglesa no século XX foi o americano Robert Frost, autor de uma frase célebre: poetry is what is lost in translation. Ou: poesia é o que se perde na tradução. Propõe-se aqui que seria possível acatar tal idéia, e mesmo assim realizar a tradução, desde que uma certa coisa – que conteria, por assim dizer, o segredo da poesia – NÃO viesse a ser traduzida na passagem a outro idioma. Propõe-se mais, que o invólucro dessa “certa coisa” a ser “não traduzida”, seria o ritmo ou cadência do verso, também expresso na ordem das rimas. Isto deveria portanto ser mantido, embora em outra língua, abrindo toda uma polêmica se, a rigor, em outro idioma o ritmo é ou pode ser o mesmo. Ela, entretanto, aqui só é citada lateralmente. Quanto ao resultado da tentativa, essencialmente percebido como forma rítmico-sonora, este sim deseja e visa ser submetido, mais que ao julgamento da crítica, ao crivo dos ouvintes. É o que faremos a seguir com o poema de Robert Frost intitulado, em inglês, Stopping by Woods on a Snowy Evening. Na versão deste apresentador o poema chama-se Parado entre Árvores no Entardecer Nevado.
Robert Frost
Parado entre Árvores no Entardecer Nevado
Tradução de Fabio Malavoglia
Stopping by Woods on a Snowy Evening
Robert Frost
Whose woods these are I think I know.
His house is in the village though;
He will not see me stopping here
To watch his woods fill up with snow.
My little horse must think it queer
To stop without a farmhouse near
Between the woods and frozen lake
The darkest evening of the year.
He gives his harness bells a shake
To ask if there is some mistake.
The only other sound’s the sweep
Of easy wind and downy flake.
The woods are lovely, dark and deep,
But I have promises to keep,
And miles to go before I sleep,
And miles to go before I sleep..
Parado entre Árvores no Entardecer Nevado
trad. de Fabio Malavoglia
Tais matas sei serem de alguém.
Sua casa está na aldeia além;
Não me verá parado aqui
Na mata a olhar neve que vem.
O meu cavalo pensa que é engano
Parar sem ter um sítio humano
Entre tal mata e o lago em gelo
Na mais escura tarde do ano.
Tilinta os sinos do arreio e treme
Do engano o baio rebelde ao leme.
Somente o som se ouve do sopro
do vento leve no branco creme.
Da umbrosa mata já me apaixono,
Porém às juras manter tenciono,
E há muito a andar antes do sono,
E há muito a andar antes do sono.
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