Rabindranath Tagore (1861-1941)
Nascido em Calcutà, na Índia, ele escreveu no idioma bengali e frequentemente traduziu para o inglês, que dominava, suas próprias obras. Isso talvez tenha pesado para que o poeta Rabindranath Tagore se tornasse o primeiro escritor de fora da Europa a ganhar o Nobel de Literatura, em 1913. A inspiração e profundidade de suas palavras levaram a este feito inédito nos tempos modernos: um autor indiano ganhar notoriedade internacional. Nisso ele antecipou até mesmo Ghandi, a quem aliás Tagore admirava muito. Foi o poeta, por sinal, o primeiro a chamá-lo de Mahatma, isto é, Grande Alma. Além de poeta – muito precoce, pois começou a escrever versos com 8 anos –Tagore foi romancista, músico, pintor, dramaturgo. Ele modernizou a arte bengali, ultrapassando a rigidez das formas clássicas mas buscando sempre um sentido filosófico que se expressasse por meio da arte. Sua obra mais conhecida é sem dúvida o Gitanjali, traduzido nas línguas ocidentais como A Oferenda Lírica. Vamos ouvir o Poema 35 da Oferenda. A tradução foi feita por este apresentador sobre a versão inglesa do próprio Rabindranath Tagore.
Rabindranath Tagore
Poema 35 da Oferenda Lírica
Tradução de Fabio Malavoglia
Gitanjali 35
Where the mind is without fear and the head is held high;
Where knowledge is free;
Where the world has not been broken up into fragments by narrow domestic walls;
Where words come out from the depth of truth;
Where tireless striving stretches its arms towards perfection;
Where the clear stream of reason has not lost its way into the dreary desert sand of dead habit;
Where the mind is led forward by thee into ever-widening thought and action
Into that heaven of freedom, my Father, let my country awake.
Gitanjali 35
Onde a mente não tem medo e mantem-se a testa alta;
Onde o saber é livre;
Onde muros estreitos e caseiros não partiram o mundo em fragmentos;
Onde as palavras emergem das profundezas da verdade;
Onde incansáveis esforços lançam seus braços rumo à perfeição;
Onde o claro fluxo da razão não perdeu seu rumo na sombria deserta areia dos hábitos mortos;
Onde a mente é levada adiante por ti num sempre crescente pensar e agir;
Neste paraíso de liberdade, meu Pai, deixe minha pátria acordar.
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