A escrita chinesa é totalmente diversa da ocidental, pois emprega ideogramas. Assim, a poesia ganha possibilidades simbólicas virtualmente intraduzíveis
Não dá para imaginar o trabalho que tiveram Ricardo Primo Portugal e Tan Xiao para traduzir os poemas do livro Antologia da Poesia Clássica Chinesa, Dinastia Tang, lançado pela Editora da UNESP em parceria com o Instituto Confúncio, em edição bilíngue. A escrita chinesa é totalmente diversa da ocidental, pois emprega ideogramas. Assim, a poesia ganha possibilidades simbólicas virtualmente intraduzíveis. Mas a barreira não deteve os dois tradutores. Eles fugiram á tentação de adaptar o texto para que parecesse “normal”, ou seja, assimilável como um poema ocidental. Em vez disso aceitaram as chamadas “palavras vazias” da poética chinesa(ou seja, os conectivos, nexos, pronomes, como “eu”, “ele”, “e”, “pois”, “que”) e suas “palavras cheias”, que são substantivos ou verbos ativos. O efeito na tradução é estranho a princípio, porque parecem faltar conexões no verso. Mas na verdade a linguagem se torna palpável, um efeito do qual próprio hai-kai japonês é devedor. Vamos a um exemplo, ouvindo como ficou a tradução do poema A cascata dos pássaros de Wang Wei.
Wang Wei
A cascata dos pássaros
tradução de Ricardo Primo Portugal e Tan Xiao
鸟鸣涧
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A cascata dos pássaros |
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