A poesia de Lastra se apresenta muito concisa, amiúde narrativa, e profundamente reflexiva.
Uma das características mais curiosas da obra poética do chileno Pedro Lastra consiste no fato que ela seja composta basicamente por um único livro que foi mudando de título e formas ao longo do tempo. Em 1969 esse livro único e mutante chamava-se E éramos imortais, em 79, Notícias do Estrangeiro, em 2001, Canção do passageiro, e a última edição, de 2013, leva por nome Ao fim do dia, título de um poema também, já lido aqui. Nesses livros, e em antologias que editou, a poesia de Lastra se apresenta muito concisa, amiúde narrativa, e profundamente reflexiva. Vamos ouvir, em tradução deste apresentador, os versos intitulados Pelos poetas perdidos.
Pedro Lastra
Pelos poetas perdidos
tradução de Fabio Malavoglia
Por los poetas perdidos
Nosotros disputamos a otro reino sus nombres
a otros dioses sus cuerpos siempre ardientes
que arrastraron los sueños, el amor, cuanto existe
más acá del abismo,
abrimos las ventanas de ese reino
y hablamos con la voz del hermano perdido,
nosotros, que hoy amamos las mismas criaturas,
las terribles, veloces criaturas del mundo.
Pelos poetas perdidos
Nós outros disputamos a outro reino seus nomes
a outros deuses seus corpos sempre ardentes
que arrastaram os sonhos, o amor, quanto existe
para aquém do abismo,
abrimos as janelas desse reino
e falamos com a voz do irmão perdido,
nós outros, que hoje amamos as mesmas criaturas,
as terríveis, velozes criaturas do mundo.
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