Como em outras obras que perduram no tempo encontram-se n'Os Lusíadas, versos que ainda podem ser lidos e entendidos pelos nossos contemporâneos.
Estamos lendo estrofes da epopeia marítima que firmou o cânone da língua portuguesa no século XVI: Os Lusíadas de Luís de Camões. Como em outras obras que perduram no tempo encontram-se, nela, versos que ainda podem ser lidos e entendidos pelos nossos contemporâneos. Veja-se o exemplo a seguir, que embora bem ritmada, é basicamente crítica social, já que o poeta enfatiza o modo como aqueles que deveriam cuidar dos mais desfavorecidos se comportam. Estes 8 versos fazem notar bem claramente que Camões, sejam quais forem as aparências, não é um clássico no sentido precípuo do termo, pois na poética tradicional os assuntos do mundo, por assim dizer, pouca ou nenhuma conexão tinham com o cultivo das Musas. Não é esta a postura do autor d’Os Lusíadas, que se viu preso várias vezes, fez política e buscou fortuna no Oriente. Ouçamos a estrofe 28 do Canto IX.
Luís Vaz de Camões
Os Lusíadas, Canto IX, estrofe 28
Vê que aqueles que devem à pobreza
Amor divino e ao povo caridade,
Amam somente mandos e riqueza,
Simulando justiça e integridade.
Da feia tirania e de aspereza
Fazem direito e vã severidade:
Leis em favor do Rei se estabelecem,
As em favor do povo só perecem.
O cmais+ é e reúne os canais TV Cultura, UnivespTV, MultiCultura,
TV Rá-Tim-Bum! e as rádios Cultura Brasil e Cultura FM.
Visite o cmais+ e navegue por nossos conteúdos.
Compartilhar
Com curadoria de Joca Reiners Terron, o objetivo é criar narrativas orais de modo itinerante
A exposição conta com Mais de 1600 sobrenomes de descendentes de imigrantes, que foram captados em uma ação interativa em 2019
A cantora e compositora Ceumar realiza show para celebrar o lançamento do disco e os 20 anos de carreira
"DOC.malcriadas", criada e dirigida por Lee Taylor, estreia nesta sexta-feira no Teatro João Caetano. Confira entrevista completa
Na capital paulista, existem diversos desfiles e blocos para aproveitar o feriado
A mudança acontece por conta da junção da galeria com o b_arco Centro Cultural, e conta com a curadoria de Renato De Cara