O poeta andaluz Juan Ramon Jimenez recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1956, dois anos antes de sua morte, em Porto Rico.
O poeta andaluz Juan Ramon Jimenez recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1956, dois anos antes de sua morte, em Porto Rico. Foi o coroamento de uma carreira iniciada em 1900, nos livros Almas de Violeta e Ninfeas, que passou por títulos como Elegias Puras, de 1908, e A Solidão Sonora, de 1911, e alcançou reconhecimento com Platero e eu, de 1914, obra onde descreve sua Andaluzia natal numa coleção de poemas em prosa sobre um homem e seu burrico. Sua obra completa chega a 30 títulos, onde também se destaca o Diário de um Poeta Recém Casado, de 1917. Em 1936 fugiu da Espanha para escapar do regime franquista, exílio do qual nunca retornaria. Foi grande amigo dos poetas Federico Garcia Lorca, Ruben Dario e don Antonio Machado. Vamos ouvir, em tradução deste apresentador, o poema Meu Lugar.
Juan Ramón Jimenez
Meu Lugar
Tradução de Fabio Malavoglia
Mi Sitio
Tarde última y serena,
corta como una vida,
fin de todo lo amado
¡yo quiero ser eterno!
(Atravesando hojas,
el sol ya cobre viene
a herirme el corazón.
¡Yo quiero ser eterno!)
Belleza que yo he visto
¡no te borres ya nunca!
Porque seas eterna
¡yo quiero ser eterno!
Meu Lugar
Tarde última e serena,
curta como uma vida,
fim de tudo que é amado.
Eu quero ser eterno!
(Atravessando as folhas,
o sol já cor de cobre vem
ferir-me no coração.
Eu quero ser eterno!)
Beleza que eu já vi
não te apagues nunca!
Para que sejas eterna
eu quero ser eterno!
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