Jorge Luís Borges (1899 – 1986)
Passaram quatro anos desde a última vez que lemos versos do monumental poeta – e também contista – argentino Jorge Luís Borges, que a nosso ver é bem mais que um dos grandes literatos do Século XX, pois não vemos emBorges qualquer “pós-modernidade”, nem nenhum desses rótulos que mal escondem seu intento corporativo. Note-se, só a título de exemplo, a relação do poeta com a épica, que provém inteiramente do passado, familiar, histórico e literário. A famíliaBorges cultuou por gerações os feitos militares dos antepassados, como o general Miguel Estanislao Soler, os coronéis Izidoro Suárez e Francisco Borges Lafinur e o avô uruguaio Izidoro de Acevedo Laprida, que mesmo sem ter patente lutou em várias batalhas da guerra civil. Borges cresceu na admiração da coragem, e seus contos e versos amiúde exaltam o ato heróico. Mas que isso, a avó paterna, Frances Haslam, era inglesa de Staffordshire, a antiga Nortúmbria dos celtas e saxões. Assim, o poeta conheceu e fez da poesia anglo-saxã da Alta Idade Média um de seus temas favoritos. Leiamos os versos de A um poeta saxão. Nossa tradução pouco difere daquela, excelente, feita por Rolando Roque da Silva, visto serem ambas tributárias, essencialmente, da fortaleza de palavras que aqui se ergue e culmina, no homérico perfume daOdisséia. Vibremos, pois, ouvindo os versos de ferro de A um poeta saxão.
Jorge Luís Borges
A um poeta saxão
tradução Fabio Malavoglia
A un poeta sajón
Tú cuya carne que hoy es polvo y planeta,
Pido a mis dioses o a la suma del tiempo |
A um poeta saxão
Tu cuja carne, que hoje é pó e planeta, |
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