Helena Kolódy (1912 – 2004)
Como ocorre com certa frequência entre os poetas, a consciência da efemeridade deste mundo foi sempre aguda na paranaense Helena Kolódy. Muitos de seus versos são meditações sobre a passagem do tempo, a exemplo do poema Advertência que já ouvimos aqui. Sem abandonar a concisão, traço estético que se acentuou ao longo dos anos, a poeta consegue dizer muito. No primeiro poema que ouviremos uma “estátua de areia” reverbera os antigos relatos das esposas de Orfeu e de Ló. No segundo, a paisagem moderna, grafitada, é o ponto de partida para alcançar outro território sutil, feito de chuvas e mares que tudo lavam e tudo levam, e que estão mais dentro do que fora de nós. E dito isso ouçamos, de Helena Kolódy, primeiro, os versos de Areia, e a seguir, os do poema Grafite, publicado em 1988.
Helena Kolody
Areia
Da estátua de areia,
nada restará,
depois da maré cheia.
Helena Kolody
Grafite
Meu nome,
desenho a giz
no muro de tempo.
Choveu,
sumiu.
O cmais+ é e reúne os canais TV Cultura, UnivespTV, MultiCultura,
TV Rá-Tim-Bum! e as rádios Cultura Brasil e Cultura FM.
Visite o cmais+ e navegue por nossos conteúdos.
Compartilhar
Com curadoria de Joca Reiners Terron, o objetivo é criar narrativas orais de modo itinerante
A exposição conta com Mais de 1600 sobrenomes de descendentes de imigrantes, que foram captados em uma ação interativa em 2019
A cantora e compositora Ceumar realiza show para celebrar o lançamento do disco e os 20 anos de carreira
"DOC.malcriadas", criada e dirigida por Lee Taylor, estreia nesta sexta-feira no Teatro João Caetano. Confira entrevista completa
Na capital paulista, existem diversos desfiles e blocos para aproveitar o feriado
A mudança acontece por conta da junção da galeria com o b_arco Centro Cultural, e conta com a curadoria de Renato De Cara