Mais um tributo da poetisa paulista a um autor moderno, compositor bem conhecido nosso
Os poemas da paulista Dora Ferreira da Silva foram marcados pela busca do sagrado. A pecha de “antimoderna”, na verdade uma distinção com que certa crítica a rotula, é, porém, imprecisa.
Dora é antimoderna no que tange ao conchavo acadêmico-literário. Mas em 1960, um dos assuntos paulistanos foi a palestra de Dora sobre Antonin Artaud na qual, em vez de apenas expor a obra do criador do Teatro da Crueldade, ela o encarnou de um modo que espantou a platéia. Uma performance, se diria hoje.
Ouçamos mais um tributo da poetisa a um autor moderno, compositor bem conhecido nosso, nos versos de Valsas de Esquina de Mignone.
Dora Ferreira da Silva: Valsas de esquina de Mignone
Só um pássaro
e seu peso de orvalho tocando
o chão como se foram teclas.
Passa onde a graça
ilumina a cidade de ferro
subitamente atenta a essa beleza.
Nos jardins teimam rosas
delicadamente.
Violetas africanas
salpicam de ouro
muros escuros
e as princesas purpúreas
espiam dos balcões verdes
nas paredes florescidas:
dançam pétalas
dança a vida
nos jardins contentes
não termina a partitura
que se repete
sempre
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