O consumo otimista de ilusões nunca seduziu a poesia do mineiro Donizete Galvão.
O consumo otimista de ilusões nunca seduziu a poesia do mineiro Donizete Galvão. Desde seu primeiro livro Azul Navalha, de 1988, com o qual levou o prêmio de autor-revelação da APCA daquele ano, o poeta nascido em Borda da Mata, no sul de Minas, mas vivendo em São Paulo para sobreviver como jornalista e redator, viu com lucidez as promessas impalpáveis da cidade grande. Isso talvez explique, em parte, a conspiração de silêncio que rapidamente foi tecida ao redor de seu nome, do qual tão poucos ouviram falar. Para dar um pouco de remédio a tal desfeita, ouçamos o dizer amargo de Donizete Galvão sobre si mesmo, num dos poemas do livro Azul Navalha intitulado Das Frutas.
Donizete Galvão
Das frutas
Das frutas não soube o sumo
nem tampouco
toquei suas carnes.
As melhores delas
ofereci aos senhores
que cruzei na vida.
Outras, mais belas,
apodreceram na fruteira
enquanto mastigava
sonhos de moço
na janela.
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