Daniel Faria (1971 – 1999)
Em 2012 uma coletânea de poemas inéditos deixados por Daniel Faria foi reunida no livro “Poesias”, editado pela Assírio & Alvim. Nascido em Baltar, lugarejo do norte de Portugal, nos arredores do Porto, em 1971, esse poeta tinha apenas 28 anos quando morreu, em 1999, em consequência de uma queda doméstica. Sua formação dividiu-se entre os estudos de Teologia e de Letras. Considerado um “poeta místico”, seus versos tornaram-se populares nas redes sociais portuguesas e a crítica reconheceu, neles, as inspirações de São João da Cruz e Santa Teresa, de um lado, e de Herberto Hélder, Sophia de Mello Breyner Andresen, Fernando Pessoa e Eugênio de Andrade, do outro. Sua aspiração foi tanto a vida monástica quanto a de literato. Ao morrer, era noviço no mosteiro de Singeverga, tinha publicado cinco livros e recebera diversos prêmios literários. Sua obra completa foi editada em 2003. Vamos ouvir, de Daniel Faria, um poema de imagens fragmentárias e luminosas. Intitula-se, aliás, Explicação da Luz.
Daniel Faria
Explicação da Luz
O azulejo lava a sua luz
Tem o brilho
Do movimento exacto
Dos seus vestidos
E o seu rosto é limpo.
Com as suas próprias mãos
Sem acabar se acaricia
A luz lava o brilho
Do azulejo. A luz o lava
No seu vestido
E o seu rosto é um.
Com as próprias mãos
O quebra e inicia
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