A psicóloga paulistana Marina Ungaretti chamou recentemente nossa atenção para os Cânticos da poeta Cecília Meireles, série de 26 poemas com um prólogo, escrita em 1927.
A psicóloga paulistana Marina Ungaretti chamou recentemente nossa atenção para os Cânticos da poeta Cecília Meireles, série de 26 poemas com um prólogo, escrita em 1927, quando ela ainda não era uma celebridade literária. À semelhança dos bardos e aedos antigos, nestes Cânticos a poesia não se separa nunca da filosofia. Mas é a filosofia no seu sentido ancestral, isto é, de verbo vivo, sem parentesco com os rodopios especulativos que os contemporâneos chamam pelo mesmo nome. Neste sentido vale sublinhar – como já dissemos em outra ocasião de leitura de seus versos - que a identidade de Cecília Meireles com o modernismo é, se tanto, cronológica. Nela não há ruptura nem nacionalismo, à moda modernista, como podemos ouvir desde o primeiro verso do poema que abre a série, o Cântico I.
Cecília Meireles
Cântico I
Não queiras ter Pátria.
Não dividas a Terra.
Não dividas o Céu.
Não arranques pedaços ao mar.
Não queiras ter.
Nasce bem alto,
Que as coisas todas serão tuas.
Que alcançarás todos os horizontes.
Que o teu olhar, estando em toda parte
Te ponha em tudo,
Como Deus.
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