Augusto de Campos,tem fama internacional afirmada com a recente conquista do prêmio Janus Pannonius.
Vamos ouvir mais um dos poemas da primeira fase, por assim dizer, da obra do poeta brasileiro Augusto de Campos, hoje afirmada internacionalmente, como comprova a recente conquista do prêmio Janus Pannonius, do governo da Hungria. Por volta de 1952 é possível apontar, no trabalho do poeta, as primeiras palavras-valises, isto é, experiências léxicas nas quais dois termos são fundidos numa unidade que multiplica em leque os significados das palavras originais, ao mesmo tempo que se aprofunda num terreno ambíguo, divino e maravilhoso, denominado poesia. Às vezes a fusão ocorre com termos de outros idiomas. No exemplo que teremos a seguir o latim e o francês comparecem para tais amálgamas, com outra consequência desafiadora, qual seja a dicção desse idioma plástico que tem raízes, entre outros terrenos experiências de James Joyce. De toda forma, ousemos a leitura. O poema intitula-se Ar triste. O Artista. Olho.
Augusto de Campos
Ar triste. O Artista. Olho
Ar triste. O Artista. Olho:
preso entrepálpebras ferrenhas
Gladiatouro inc’oyable polindo as unhas
friáveis pardelicatesse
à lâmina de sua alma meltrretida.
Nocto malabar(rindo)arabe-
língua (com sopro)
atravesrelva move um pouco
os talos e
arrefece.
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