Cinco programas abordam, sob diferentes enfoques, a produção musical étnica brasileira
A série Quinjengue, Viola e Maracá: tradições musicais do povo brasileiro, foi ao ar em 1995 tendo sido apresentada por Paulo dias, etnomusicólogo, roteirizada, produzida e dirigida por Julio de Paula.
Quando se fala em música popular brasileira, pensa-se de imediato na sigla MPB, tão conhecida de todos, talvez o principal cartão de visita da nossa cultura lá fora. A MPB do Luís Gonzaga e do Tom. A MPB dos ritmos contagiantes, dos shows, dos programas de auditório, do disco, do rádio e da TV. A MPB que flertou com o jazz e ganhou o mundo. Porém, o t ermo música popular é mais abrangente: refere-se à música produzida e consumida pelo povo, inclusive aquela que não é divulgada pelos meios de comunicação de massa, que não é objeto de interesse das gravadoras, que não se tornou artigo de consumo. Uma música que esteve aí desde sempre, que não é feita por astros, mas por coletividades – seus artistas se confundem com a massa. Essa nossa grande desconhecida, a música tradicional brasileira. Não uma, mas muitas músicas, a massa submersa de um iceberg cujo topo vendável, a MPB, emerge nas lojas de discos, rádios e TVs.
Quinjengue, viola e maracá pretende levar o ouvinte a uma viagem pelos caminhos da música tradicional do nosso povo, a música dita folclórica ou, mais modernamente, a étnica. Despertá-lo para seu poder de sedução, para a sua insuspeitada qualidade estética, através de gravações digitais inéditas feitas ao vivo e “in loco”, nos mais variados e distantes rincões brasileiros. Foram gravados cinco programas, abordando sob diferentes enfoques a produção musical étnica brasileira. A qualidade sonora peculiar de cada manifestação, do Oiapoque ao Chuí, será mostrada num roteiro timbrístico do Brasil. Os programas vão intercalar música, entrevistas com músicos populares e mestres de folguedos e texto informativo.
A formação da nossa música a partir de suas matrizes negra, branca e índia – o que está expresso no título da série – é um tema maior a ser tratado. Mas outras discussões importantes serão introduzidas: usos e desusos do termo “folclore”, canto popular e história oral, a dinâmica da música tradicional e sua adaptação aos novos tempos, a atualização temática do canto popular, a maior ou menor vitalidade das tradições musicais, os gêneros musicais que passaram para a mídia, entre outras, sempre procurando confrontar tradição e modernidade. Em comemoração aos 300 anos de Zumbi dos Palmares, foi feito um programa especial sobre a música afro-brasileira.
Convidamos o ouvinte a participar conosco dessa aventura musical bem brasileira. Venha você também para o mundo de Quinjengue, viola e maracá.
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