Edição destaca as jovens regentes Alondra de la Parra e Simone Menezes
(Alondra de la Parra, 32 anos).
Como em outras áreas da música, na regência a presença das mulheres sempre foi minoria. Mas, se no caso dos instrumentos e mesmo da composição elas têm ganhado espaço já há algum tempo, a presença feminina no comando de uma orquestra era algo raro até pouco tempo atrás. Mas isso finalmente está mudando, e é a favor dessa mudança que resolvemos destacar algumas jovens mulheres regentes.
Simone Menezes
Hoje com 36 anos, a brasiliense Simone Menezes começou a reger corais aos 15. Mais tarde se formou pela Unicamp e pela École de Musique de Paris. No meio do caminho, foi aluna de John Neschiling e do inglês Coling Metter. Recebeu bolsas de estudo para Portugal e França, regeu a Osesp, a Sinfônica do Algarve e a Orquestra da Ópera de Massy.
Mas talvez o que mais chame a atenção é o fato de Simone ter fundado uma Orquestra Jovem dentro de sua universidade, a Unicamp. Com 25 anos, enquanto fazia seu curso de graduação, deu início ao projeto ao lado de amigos instrumentistas.
Por se dedicar à música brasileira, à música contemporânea e a compositores latino-americanos, Simone constantemente estreia obras inéditas. Em 2009, gravou com a Sinfônica da Unicamp e o Quintal Brasileiro Quinteto obras de jovens compositores, num projeto patrocinado pela Petrobrás chamado “Novos Universos Sonoros”.
Alondra de La Parra
Nasceu em 1980, na cidade de Nova York, e já aos dois anos de idade se mudou com a família para a Cidade do México. Lá se iniciou no piano com 7 anos, e no cello aos 13. Foi durante a adolescência que Alondra descobriu a regência, e com 16 anos se mudou para Londres, onde começou seus estudos na área.
Nascida de família abastada, Alondra sempre recebeu o apoio de seu pai, que fundou em Nova York a Orquestra Filarmônica das Américas. A ideiaera criar uma orquestra que serviria como plataforma para mostrar jovens intérpretes e compositores das Américas, dando a essa música um lugar de destaque no repertório orquestral padrão. Infelizmente, por falta de incentivo do governo, a Orquestra teve suas atividades suspensas em2011.
Alondra foi a primeira mulher mexicana a reger uma orquestra em Nova York, e se tornou embaixadora oficial da cultura e do turismo mexicanos nos Estados Unidos. Sobre o fato de ser mulher, em um ambiente controlado tradicionalmente por homens, Alondra diz não sentir hostilidades quando trabalha no México, mas salienta as dificuldades que tem para inspirar a verdadeira admiração dos críticos e do próprio publico.
Playlist:
1. “Festa no céu” (Ernest Mahle) - Simone Menezes, Orquestras Sinfônica e Jovem da Unicamp
2. “Todas as Rosas Rosas são Brancas” (Guilherme Nascimento) - Simone Menezes, Gabriel Marin (viola), Orquestras da Unicamp e Quintal Brasileiro Quinteto
3. “Hupanago” (José Pablo Moncayo) - Alondra de la Parra, Orquestra das Américas
4. “Danzón 2” (Arturo Márquez) - Alondra de la Parra, Orquestra das Américas
5. “Concerto para Violão e Orquestra: Ponteio” (Francis Hime) - Alondra de la Parra, Osesp
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