Fundado por Anchieta, o Páteo do Colégio é testemunha da transformação da cidade.
Durante mais de trezentos anos São Paulo repousou sobre a colina da sua fundação, cercada pelos rios Tamanduateí e Anhangabaú que com suas curvas davam forma de meia lua ao platô onde se edificava a cidade. A Imperial Cidade de São Paulo, título que recebeu de D. Pedro em 1823, não passava na realidade de uma vila. Na época em que recebeu esse título não tinha mais de 6 mil habitantes no centro urbano e ainda dormia um sono de séculos.
Nos primeiros três séculos de sua história a cidade pouco avançou além da colina onde nasceu. Só em 1872 no primeiro recenseamento do Império registrou 67 mil habitantes. A cidade demorou muito para mudar. Só no final do século 19 com a chegada de muitos milhares de imigrantes vindos principalmente da Europa a cidade é que foi se transformando na grande metrópole que se vê hoje.
Mas o Páteo do Colégio permaneceu como marco da sua fundação mais ou menos intocado. O colégio fundado por Anchieta e construído pelos jesuítas foi desocupado quando o Marques de Pombal baniu a Ordem, mas o velho prédio serviu como palácio do governo por muito tempo ainda, até praticamente desabar, em razão da falta de cuidados. Paradoxalmente foi completamente demolido em 1953 às vésperas do quarto Centenário da Cidade. O prédio que hoje se vê no antigo local de fundação da cidade é uma reconstrução inaugurada nos anos 1970. Está exatamente na mesma posição da original e marca o local de fundação da cidade. Mas da construção antiga, só resta uma única parede - de taipa - preservada no interior do prédio e que serviu de testemunha de mais de 400 anos de história.
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