“Se existe alguém que deve tudo a Bach, esse alguém é Deus”. Neste programa a leitura de Emil Cioran para as relações entre Bach e Deus
(O filósofo romeno Emil Cioran)
Neste programa vamos falar do “Quinto Evangelista”. Não se trata de nenhum apóstolo de Jesus ou do autor de algum daqueles evangelhos encontrados depois que a Igreja determinou que os quatro evangelhos oficiais da Bíblia seriam os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Estamos falando de um compositor: o alemão Johann Sebastian Bach.
Para a maior parte dos apaixonados por música, Bach é o primeiro grande gênio da história da música ocidental. Mas para um filósofo – o romeno Emil Cioran –, Bach é tão importante que o próprio Deus não seria tão divino sem sua música.
“Sem Bach – escreveu Cioran – a teologia seria desprovida de objeto; a Criação seria fictícia; o nada seria eterno. Se existe alguém que deve tudo a Bach, esse alguém é Deus”.
A frase é bem provocativa, quase uma heresia, bem no estilo insolente de Cioran – que escreveu isso no livro Silogismos da Amargura.
REPERTÓRIO:
- Johann Sebastian Bach, a abertura, seguida da ária “Erbarme dich, mein Gott”, da “Paixão Segundo São Mateus BWV 244” – com coro e orquestra da Chapelle Royale de Paris e o Collegium Vocale Gent, sob regência de Phillipe Herreweghe e com o contralto René Jacobs na ária.
- Johann Sebastian Bach, o “Concerto de Brandendurgo n. 5 em ré maior BWV 1050”, com a Filarmônica de Berlim regida por Herbert Von Karajan e com Edith Picht-Axenfeld ao cravo. Movimentos: Allegro, Affetuoso e Allegro.
- Johann Sebastian Bach, a “Fuga a 3 Soggetti”, seção final da “Arte da Fuga BWV 1080”, com o conjunto de violas Fretwork.
- Taraf de Haïdouks, “Turceasca”, com interpretação do Kronos Quartet e arranjo de Osvaldo Golijov.
O cmais+ é e reúne os canais TV Cultura, UnivespTV, MultiCultura,
TV Rá-Tim-Bum! e as rádios Cultura Brasil e Cultura FM.
Visite o cmais+ e navegue por nossos conteúdos.
Compartilhar
Programa apresenta a obra de Franz Kafka e suas reverberações na música do século 20 com a participação de Jorge de Almeida, crítico literário, tradutor e ensaísta
Nesta audição, obras inspiradas em duas peças do bardo inglês
Música da primeira fase de Arnold Schoenberg para textos do dinarmaquês Jens Peter Jacobsen.
Peças do compositor austríaco Franz Schubert sobre a figura da morte.
Treze compositores homenageiam o italiano Rossini nesta rara e pouco conhecida missa.
A literatura de Shakespeare na música romantica.