Economista Hélio Zylberstain aponta as implicações do resultado no mercado de trabalho
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1% em 2017, o que representa a primeira alta após dois anos consecutivos de retração. Em 2016 e 2015, o PIB recuou 3,5% sobre o ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O professor do Departamento de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Hélio Zylberstain, participou do “De Volta ‘Pra’ Casa” e comentou as implicações do resultado no mercado de trabalho.
Para o especialista, o emprego é o último a reagir, tanto em momentos de crescimento econômico como de recessão, já que os empregadores não demitem nem contratam imediatamente à mudança de cenário para evitar custos desnecessários em caso de alarme falso.
De acordo com Zylberstain, o salário médio real está crescendo, o que significa mais poder de consumo e, consequentemente, maior produção. “O ambiente ainda não está totalmente seguro para as decisões de investimento, que por enquanto estão sendo sustentadas pelo consumo”, explicou. “A expectativa é que esse processo continue ao longo deste ano”, disse, alertando para o histórico ruim de governos que tentaram impulsionar o crescimento somente ativando o consumo.
Segundo o professor, existem perspectivas positivas e negativas para o futuro.
O número de desempregados se aproxima de 13 milhões, além daqueles que não aparecem na estatística porque desistiram de procurar colocação profissional. A cada ano, estima-se o surgimento de 1 milhão de novos trabalhadores. Supondo que o Brasil consiga gerar 2 milhões de empregos por ano e que metade dos postos seja destinado a alocar a mão de obra emergente e a outra parte a abater o saldo de desemprego, ainda levaria muitos anos para atingir uma taxa “aceitável”. “Essa trajetória pode ser abreviada se o ritmo de crescimento for acelerado”, sugeriu.
Por outro lado, o país dispõe de muito espaço econômico para ocupar, o que desperta certo otimismo. “Alguns países já cresceram tudo que tinham para crescer, o que não é o caso do Brasil”, apontou.
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