Presidente se compara a um leão que está sendo atacado por hienas, identificadas como partidos políticos, STF e outras instituições
Em meio a polêmica que envolve o vazamento de áudios de Fabrício Queiroz, o presidente Jair Bolsonaro publicou na última segunda-feira (28) em uma rede social um vídeo que o compara a um leão sendo atacado por hienas.
Na publicação, o leão, identificado como o presidente, é acuado por hienas que representam instituições, como partidos políticos, o Supremo Tribunal Federal (STF), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e alguns veículos de imprensa.
“Se este post foi uma estratégia, não foi uma boa escolha, por que ele apresenta um elevadíssimo custo. A gente via o vazamento das falas do Queiroz, figura ligada à família Bolsonaro e envolvida em uma série de problemas, e de repente surge esse vídeo quase que distraindo a atenção de todo mundo em relação aos problemas anteriores”, aponta o cientista político Cláudio Couto.
O ministro Celso de Mello, decano do STF, repudiou a publicação do presidente. Ele afirmou em nota que “o atrevimento presidencial parece não encontrar limites na compostura que um Chefe de Estado deve demonstrar no exercício de suas altas funções”.
Para Couto, não é uma polêmica à toa a produzida por Bolsonaro. O especialista aponta que a ação provocou duras reações de diversos setores da sociedade brasileira. "Ele atacou a oposição e até o seu próprio partido e outros setores da direita, que teoricamente seriam pessoas mais simpáticas a ele. Ou seja, não sobrou para ninguém, ele foi criando ainda mais inimigos", avaliou.
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