Posição de acionista majoritário da única petroleira operante na área torna o Estado presa política fácil, diz Fernando Schüler
“Nós voltamos no tempo”, considerou o cientista político Fernando Schüler sobre o tabelamento de preços de frete e o controle do preço de combustíveis. “Ninguém tem muito claro qual o valor dessa conta nem de onde vai sair”, disse o especialista em participação no “De Volta ‘Pra’ Casa”.
Schüler sinalizou o retorno ao populismo no setor petrolífero e criticou a aversão da cultura política brasileira a reformas de mercado e modernização econômica, apontando o enfrentamento por meio de medidas impopulares, como o abandono do modelo de subsídio ao combustível. “Bastou uma semana de greve por parte dos caminhoneiros para todo o sistema político ceder rapidamente”, constatou.
De acordo com o Datafolha, 87% dos brasileiros apoiaram a paralisação dos caminhoneiros, mas rejeitam cortes no orçamento e aumento de imposto para atender às reivindicações da categoria. Para Schüler, o percentual revela traços da base cultural populista do país, que “desconsidera o realismo fiscal e a limitação orçamentária”.
“Precisamos, definitivamente, de um modelo competição na área de energia e petróleo”, disse, criticando o monopólio estatal. O preço seria definido por competição de mercado caso houvesse concorrência, o que evitaria envolvimento político. Segundo ele, a posição do governo de acionista majoritário da única empresa que opera no setor o torna uma presa política fácil: “Precisamos sair desta armadilha”.
Schüler defende que o Estado se encarregue de melhorar a educação, a infraestrutura, a segurança jurídica para investimentos e o ambiente regulatório, mas que não se envolva com políticas de preços e contratos, deixando que “as decisões econômicas sejam tomadas pelos agentes econômicos e que o mercado funcione”.
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