Menina de 8 anos foi baleada nas costas em ação da PM no Complexo do Alemão
A menina Ágahata Vitória Sales Félix, de oito anos de idade, foi assassinada quando voltava para casa, na noite da última sexta-feira, no Complexo do Alemão, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Ela estava dentro de uma kombi, quando foi baleada nas costas. Agentes da Polícia Militar atiraram contra uma moto que passava pelo local, a suspeita é que um tiro atingiu a criança.
Em entrevista ontem, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, culpou o crime organizado pela morte de Ágatha e defendeu a política de segurança pública exercida pelo Estado.
Rafael Alcadipani, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, comenta o caso: “A morte desta criança é o resultado de uma política de segurança pública desastrosa, que está sendo implementada às custas de fazer esses confrontos na rua, colocando as pessoas à mercê tanto do crime organizado, como do Estado, que age sem inteligência, com uma licença para matar dada pelo governador”.
“Nós temos que retirar os fuzis das favelas, muitos destes estão presentes por conta da corrupção de agentes públicos. O governo Witzel tem sido pouco duro com os milicianos. No final de semana, vários jornais noticiaram que a polícia atua em algumas áreas junto com as milícias. Temos uma gestão pouco profissional com a questão da segurança pública no governo federal e no Rio de Janeiro”, analisa ele.
Após a morte de Ághata, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu "uma avaliação muito cuidadosa e criteriosa sobre o excludente de ilicitude", item do pacote anticrime, enviado ao Congresso Nacional em fevereiro pelo ministro da Justiça, Sergio Moro.
A Câmara deve debater hoje a possível retirada do excludente de ilicitude do pacote.
De acordo com a ONG Rio da Paz, Ágatha Félix foi a quinta criança morta por bala perdida no Rio de Janeiro neste ano.
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