O escritor falou ao De volta 'pra' casa sobre seu quarto romance e comentou a dificuldade na publicação de livros digitais no Brasil
O escritor Marcelo Antinori lançou pela editora Lazuli o livro O húngaro que partiu sem avisar. Em seu quarto romance, Antinori narra a história de mistério iniciada com o sumiço do vizinho húngaro de um arquivista que trabalha na embaixada da França. A única pista que o húngaro deixa são alguns papéis escondidos em 26 livros que guardava na sua estante. Ele desapareceu a mais de 10 anos deixando um apartamento todo arrumado como se alguém ainda estivesse ali.
"No decorrer da história, descobre-se que esse húngaro, que aparentava ser um simples professor de música, na verdade é alguém que teve uma vida muito agitada", conta Antinori em entrevista ao De volta 'pra' casa.
Mesmo lançando seu novo livro impresso, o escritor é também um grande entusiasta do livro digital. Segundo ele, no exterior a quantidade de títulos em inglês é grande, além de preços acessíveis que possibilitam muitas opções de leitura. Porém, no Brasil, ainda são poucos títulos oferecidos e os preços não são tão convidativos.
"Eu gostaria de me lançar apenas no mercado digital, mas tive que me render à realidade. E o pessoal da Lazuli, editora que acreditou no livro, está lançando agora sua versão impressa. No Brasil o livro digital é uma opção pequena ainda por algum tempo", esclarece.
Como sugestão para a coluna Com a palavra, o livro, Marcelo Antinori sugeriu O Matteo que perdeu o emprego, de Gonçalo Tavares. "A capacidade de ele criar personagens que vão além da normalidade e de fazer com que a gente reflita sobre coisas com que não estamos acostumados a refletir é fantástica. Uma simples apresentação: Saramago disse 'esse vai ganhar o premio Nobel de literatura'". Confira a entrevista completa!
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