Nesta semana, primeiro-ministro britânico enviou uma carta ao Conselho Europeu na tentativa de um novo acordo para a saída do bloco
Na última segunda-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, enviou uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em uma tentativa de renegociar o Brexit e resolver o impasse na fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte.
Ontem, Tusk rejeitou a tentativa de novo acordo e alegou que o premier não apresentou nenhuma "alternativa realista" para a questão da fronteira irlandesa.
Para o professor do curso de Relações Internacionais da FAAP, Carlos Gustavo Poggio, “era fácil prever que a União Europeia rejeitaria qualquer tipo de acordo que o Boris Johnson propusesse que fosse muito diferente do que o que foi costurado pela Theresa May. O Donald Tusk, quando Johnson foi eleito, já colocou no Twitter que não estaria disposto a negociar”.
Sobre a questão das Irlandas, ele alerta: “Se realmente não há uma negociação entre o Reino Unido e a União Europeia para uma saída negociada no Brexit, o que acontece é que será colocada uma fronteira entre as duas Irlandas, e alguns analistas têm apontado que isso pode trazer novas disputas”.
A fronteira entre os dois países envolve uma questão religiosa importante que levou a uma série de conflitos desde o início do século XX. O problema só foi resolvido com o Acordo de Sexta-Feira Santa, que em 1998 pôs fim ao impasse entre os norte-irlandeses favoráveis a continuar no Reino Unido e os que desejavam a unificação com a Irlanda.
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