Em conversa com o ministro Onyx Lorenzoni, Bolsonaro se referiu a representantes do Nordeste como “governadores da paraíba”
Durante uma conversa informal com o ministro da Casa Civil, Onix Lorenzoni, na sexta-feira passada, o presidente Jair Bolsonaro disse: "Daqueles “governadores de 'paraíba', o pior é o do Maranhão; tem que ter nada com esse cara”.
O uso de um termo pejorativo para se referir aos nordestinos causou descontentamento dos governadores da região. Eles divulgaram uma carta em que cobram explicações do presidente e reiteraram a defesa da Federação e da democracia.
“Quando o presidente provoca instabilidade em função deste tipo de declaração, esta instabilidade repercute negativamente na situação do país, decisões deixam de ser tomadas, acordos deixam de ser feitos, além dos problemas intrínsecos a algumas dessas situações”, aponta o cientista político e coordenador do Mestrado Profissional em Gestão de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas, Cláudio Couto.
Para o especialista, o uso de uma expressão preconceituosa e o desprezo pelo representante maranhense são faltas muito graves. “É preciso que a Presidência da República independentemente de afinidades ideológicas, ou políticopartidárias, se relacione institucionalmente com todos os estados da Federação”, concluiu Couto.
Jair Bolsonaro afirmou no último sábado que a fala foi uma crítica aos governadores do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e da Paraíba, João Azevêdo (PSB), “nada mais além disso”.
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