Para a coordenadora do Observatório da Intervenção, gastos são desproporcionais aos resultados
Silvia Ramos
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
De acordo com o Observatório da Intervenção do Centro de Estudos de Segurança Pública e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, durante a intervenção federal no Rio de Janeiro, as chacinas aumentaram 80% e as mortes em chacinas dispararam 128%. As apreensões de fuzis, metralhadoras e submetralhadores caíram 39%.
Para a coordenadora do projeto Silvia Ramos, os gastos com as operações policiais são desproporcionais aos efeitos. “Os resultados são extremamente inexpressivos”, avaliou em participação no “De Volta ‘Pra’ Casa”.
De acordo com ela, as ações são inadequadas para diminuir o número de tiroteios, desarticular as quadrilhas e o tráfico de armamentos, que deveriam ser apreendidos antes de adentrarem as favelas. “Uma vez que tem gente segurando fuzil, é melhor fazer operações de inteligência, não de confronto”, considerou.
Silvia explica que os criminosos sabem com antecedência sobre as operações e, diante do aparato, recuam e decidem não confrontar, mas se escondem nas casas dos moradores das comunidades, áreas em que são conhecidos e se impõem. “Depois da saída do Exército, são eles que ficam lá. Quem vai dizer: ‘Eu não obedeço’?”, questionou.
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