“Não terminou, foi abortado”, disse o autor
Após 30 anos desde a publicação original, o jornalista e romancista Zuenir Ventura relança “1968: O ano que não terminou”.
Em participação no “De Volta ‘Pra’ Casa”, o autor avaliou dois momentos do ano de 1968, até e pós 13 de dezembro, data em que foi decretado o Ato Institucional 5 – AI-5. “Por isso, [1968] não terminou, foi abortado”, disse.
De acordo com Ventura, até o decreto, houve muita efervescência cultural, criações musicais, cinematográficas e teatrais: “Foi um momento de grande inquietação, muita criatividade”. Segundo ele, o “Maio de 1968”, marcado pelos protestos estudantis que reivindicavam melhorias no setor educacional, começou com antecedência no Brasil. Em 28 de março, a Polícia Militar invadiu o restaurante Calabouço, no centro do Rio de Janeiro, e matou Edson Luís de Lima Souto, de 18 anos. “O movimento começa, na verdade, aqui no Brasil, embora o maio de Paris tenha sido muito mais emblemático”.
Ao ser preso, após a instauração do AI-5, o jornalista foi questionado sobre sua suposta participação no movimento. Ventura trabalhava na Revista Visão, localizada ao lado do local do assassinato de Edson Luís. E, durante as manifestações ocorridas na França, estava de férias no país com a esposa. “Muita coincidência”, dizia o coronel que o interrogava. “É coincidência”, respondia.
Para o autor, tratou-se de uma revolução comportamental, não política, cujo legado positivo foram os movimentos negro, feminista, gay e ambiental. “Aquela paixão e aquele sentido ético que os jovens tinham, se lançavam, literalmente, de corpo e alma a uma causa, arriscando passar alguns anos, talvez os melhores anos de suas vidas, presos, sendo torturados, exilados... isso é admirável”, concluiu.
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