Para o físico Luiz Davidovich, o presidente Jair Bolsonaro contrarias as recomendações das autoridades de saúde
A hidroxicloroquina, remédio usado para o tratamento de doenças como lúpus, por exemplo, tornou-se muito popular ao causar a demissão do ex-ministro da Saúde, Nelson Teich. Ele teve discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro a respeito do uso do medicamento para tratar a Covid-19.
Apesar do alerta de autoridades de saúde indicando que o uso da hidroxicloroquina pode ser prejudicial à saúde e não deve ser usado como tratamento para a Covid-19, Bolsonaro continuou recomendando o medicamento. Nesta quarta-feira (20), no entanto, ele afirmou pela primeira vez que “ainda não existe comprovação científica” da eficácia da droga.
Para o físico Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências, a atitude do presidente é imprudente. “É importante que as receitas de remédios sejam dadas por médicos, não por autoridades. O presidente da República não é médico. Chega uma situação em que a utilização de um medicamento torna-se uma questão ideológica”, disse.
O especialista também avaliou os efeitos que a questão ideológica em torno da hidroxicloroquina pode causar ao país, que já está em crise. “Estamos sofrendo os efeitos de uma guerra dupla. A guerra contra o vírus, que causa angústia. [...] E o inimigo visível, representado pelas autoridades deste país, que estão sabotando os esforços das autoridades sanitárias contra a Covid-19”, declarou.
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