Para professor de Relações Internacionais da FAAP, acordo fica comprometido com um país fragmentado
O Reino Unido e a União Europeia chegaram a um novo acordo sobre o Brexit nesta quinta-feira (17). O projeto propõe uma solução sobre o impasse na fronteira entre a República da Irlanda, país independente e membro do bloco, e a Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido.
Com o Brexit, as duas regiões passariam a ter regras diferentes, com leis europeias no lado irlandês, e leis britânicas no território norte-irlandês.
A proposta sugerida pelo premiê britânico, Boris Johnson, e aceita pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, estabelece que as regulações do bloco serão aplicadas em todas as mercadorias na Irlanda do Norte, e isso será verificado na fronteira. O território permanecerá sob o regime alfandegário britânico, mas também funcionará como porta de entrada no mercado comum europeu.
Entretanto, o projeto precisa ser aprovado pelo Parlamento britânico, onde Boris Johnson não tem o apoio da maioria. O texto será avaliado pelos parlamentares em uma sessão prevista para o próximo sábado (19). Caso aprovado, o projeto também deve ser aprovado pelo Parlamento europeu. Todo o processo precisa ocorrer até o dia 31 de outubro, para que a data limite do Brexit seja cumprida.
“No contexto em que o Boris Johnson foi eleito, a principal promessa dele é que o Reino Unido sairia da União Europeia no dia 31 de outubro. Se isso não acontecer essa vai ser a primeira promessa quebrada do Johnson e pode imediatamente gerar um processo de seleção de um novo primeiro-ministro”, aponta o professor de Relações Internacionais da FAAP Carlos Gustavo Poggio.
“O problema de uma nova eleição é que o país está muito mais fragmentado, caso haja um novo pleito, muito dificilmente um novo primeiro-ministro terá força sem contar com uma coalizão bastante robusta. Então, não significa que se o Johnson sair do caminho o processo ficará mais fácil”, analisa ele.
O partido norte-irlandês DUP, considerado muito importante para a aprovação do projeto, já anunciou que votará contra a proposta. Além da sigla, o Partido Trabalhista e o Partido Nacional Escocês também afirmaram que não devem votar a favor do texto.
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