25º Episódio da série "40 anos em 40 programas"
O compositor Philip Glass
“Não raro, o conceito de música discreta – como nós o entendemos – é associado a pretensões terapêuticas com implicações metafísicas numa evocação apenas epidérmica do sacrifício atávico inerente à produção do som. Essa diluição conceitual em nome de uma ‘nova era’ pseudointuitiva acaba geralmente por sacrificar a consistência estrutural, a originalidade e o impacto da experiência estética”. Fragmento do texto de Roberto D’Ugo Junior para o lançamento de “Música Discreta”.
“Música Discreta” estreou na madrugada de 2 de Abril de 1997. Em faixa horária denominada “Linha Imaginária”, o programa produzido e apresentado por Roberto D’Ugo Junior, em sua primeira temporada, ocupava as duas primeiras horas das quartas-feiras.
Sempre com início à meia-noite, o musical dedicado ao minimalismo, à música contemporânea, experimental e de vanguarda tinha como subtítulo “o novo tempo do som”. Durante sua existência de quase dez anos, almejou instaurar no ar “um novo ambiente sonoro formado por obras contemplativas, mas que possuem algo novo e instigante a dizer”.
“Música Discreta” durou até Fevereiro de 2006. Nos nove anos e dez meses presente na grade da Rádio, nunca deixou de reverenciar Philip Glass. Aliás, o compositor norte-americano é o destaque da reapresentação escolhida para figurar em “40/40” desta semana. Na vigésima quinta edição da série comemorativa dos 40 anos da Cultura FM, você vai ouvir algumas de suas composições para orquestra, escritas no início dos anos 1990.
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