Aniversário será celebrado em recital do pianista Nelson Freire e em concerto da Osesp com regência do maestro Thierry Fischer.
Fachada da Sala São Paulo. Por Tuca Vieira (divulgação SSP)
O pianista Nelson Freire apresenta um programa de obras de Robert Schumann e Chopin, hoje à noite (8), na Sala São Paulo. E amanhã (9), dia do aniversário, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo interpreta a Quinta Sinfonia de Beethoven e uma seleção de obras escolhidas pelo público em votação online. A regência será de Thierry Fischer, novo maestro titular da Osesp, que substitui Marin Alsop a partir de 2020.
Os dois concertos integram as comemorações dos vinte anos da Sala São Paulo, cuja criação provocou uma revolução musical na cidade e gerou novo paradigma na gestão de orquestras brasileiras.
A Sala São Paulo nasciahá 20 anospara ser sede da Osesp e a mais moderna sala de concertos da América Latina, nas palavras de Marcos Mendonça, então secretário de Cultura do Estado e responsável pela obra. Mendonça tinhacomo desafios: preservar o patrimônio arquitetônico da Estação Júlio Prestes, buscar alta qualidade acústica e isolar as vibrações dos trilhos dos trens. “As pessoas me chamaram de louco à época”, reconhece Mendonça, que enfrentou inúmeros desafios para levar à frente a ideia de transformar uma estação de trem numa sala de concerto, algo que o país não tinha.
O sonho tornou-se realidade graças a um investimento de R$ 100 milhões bancado pelo Governo de São Paulo. Segundo Marcos Mendonça, ele obteve o aval do então governador Mário Covas depois de ter conseguido recuperar e transformar a Pinacoteca do Estado. “Esse trabalho na Pinacoteca me deu um crédito tão grande com o Mário Covas que ele abraçou a ideia, e conseguimos criar a Sala São Paulo, orgulho do país, uma das 10 salas de concerto mais importantes no mundo”, conclui.
Ouça a reportagem de Cirley Ribeiro.
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