Quarteto de Violões Quaternaglia passeia de Villa-Lobos a Almeida Prado em lançamento distribuído pela Tratore
Com 23 anos de atuação ininterrupta, seis álbuns e um DVD, além de intensa agenda de concertos no país e no exterior, o quarteto de violões Quaternaglia acaba de lançar o Xangô. O título do disco remete, conforme Sidney Molina, “a uma obra de Almeida Prado, jum dos artits mais interessantes da música clássica brasileira na segunda metade do século 20”. Molina é também crítico do jornal Folha de S. Paulo, além de integrante do Quaternaglia ao lado de Chrystian Dozza, Fábio Ramazzini e Thiago Abdalla. “Xangô” é obra de juventude de Almeida Prado. “Foi escrita para piano aos 18 anos”, lembra Molina. “Utiliza o ‘Canto de Xangô’, um breve tema transcrito por Mário de Andrade no Ensaio sobre a música brasileira. Na tradição iorubá, xangô é o orixá da justiça, do trovão, dos raios e do fogo”.
Almeida Prado trabalhou a peça com o grupo em 2003, conta Molina. “Na ocasião ele dedicou publicamente a obra ao quarteto. A versão para quatro violões incorpora também uma linha adicional de fagote concebida por Almeida Prado em 1998”.
É uma gravação de qualidade e abrangência histórica. Inicia-se e conclui com obras de Villa-Lobos: o Choros n. 5, Alma Brasileira, em arranjo de João Luiz, e as Bachianas Brasileiras n. 9, arranjadas por Thiago Tavares e o Quaternaglia. A suíte de Ronaldo Miranda, “Canção sem fim”, de Sérgio, irmão de Sidney Molina, uma peça de um dos integrantes do quarteto, Chrystian Dozza (“Sobre um tema de Egberto Gismonti”), três criações de João Luiz dedicadas ao grupo e Maracatu da Pipa, de Paulo Bellinati, completam o álbum que você pode ouvir na íntegra aqui durante esta semana.
Faixas:
1. Choros n. 5 “Alma Brasileira”, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) - arr. João Luiz
2. XIV Variações sobre o tema de Xangô, de Almeida Prado (1943-2010) - versão de Almeida Prado e João Luiz
Ronaldo Miranda (1948): Suíte n. 3 - arr. Chrystian Dozza
3. Allegro
4. Allegretto
5. Lento
6. Allegro gracioso
7. Canção sem fim (para sons sem palavras), de Sérgio Molina
8. Sobre um tema de Egberto Gismonti (baseado em Sete Aneis), de Chrystian Dozza
João Luiz (1979)
9. Modinha
10. Urbano
11. Kirsten (toada)
12. Maracatu da Pipa, de Paulo Bellinati
Heitor Villa-Lobos: Bachianas Brasileiras n. 9
13. Prelúdio
14. Fuga
Quaternaglia:
Chrystian Dozza – violão Sérgio Abreu 2012 n. 621
Fábio Ramazzini – violão Sérgio Abreu 2002 n. 474
Thiago Abdalla – violão Sérgio Abreu 2002 n. 463
Sidney Molina – violão 7 cordas Sérgio Abreu 1997 n. 359
Gravado entre março de 2014 e março de 2015 no Estúdio Cantareira.
Distribuição: Tratore
Onde comprar:
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