O violonista de 34 anos esbanja talento e criatividade em todos os gêneros
Daniel Murray ficou conhecido primeiro como músico dedicado às criações contemporâneas, sobretudo brasileiras. Depois de estudar com professores como Edelton Gloeden, Paulo Porto Alegre, mergulhou em composição com Silvio Ferraz e Flo Menezes. Tem composto muito na linha experimental.
Mas Murray acaba de lançar um CD supereclético, intitulado “Autoral”. Aqui, ele faz tributos a todos os músicos que de um ou de outro modo o influenciaram. Você vai perceber, como anota Aylton Escobar no ótimo texto do CD, peças como as valsas “Sinuosa” e “Ensimesmada” combinam influências impressionistas com referências a seus amigos como Guinga e Marcus Tardelli.
Tudo aqui é autobiográfico. Musicalmente autobiográfico. Como ‘Samba pro Zé”, pra seu tio fanático por Baden Powell; ou “Choro de Lu”, sua tia, evocando Ernesto Nazareth. Deliciosa a junção de dois mestres em “de Bellinati a Dilermando”, assim como o “Forró de Fernandes” e o “Xaxado de Rita”.
Três criações tecnicamente mais complexas, antenadas com linguagens contemporâneas, destacam-se neste autorretrato: “...sobre harmônicos e martelatos...”, “...sobre arpejos e notas mudas...” e “...sobre trêmolos e rasgueados...”
Murray é hoje um dos integrantes do Trio Opus 12 de violões, ao lado de seus ex-professores Paulo Porto Alegre e Edelton Gloeden. E toca intensamente no Brasil.
Durante uma semana, você vai poder ouvir na íntegra o CD Autoral e se surpreender com tamanho ecletismo, bom gosto e competência musical.
Todas as composições são de Daniel Murray
Gravado no Estúdio dos Lagos, Itapecerica da Serra (SP), em 28 e 29 de agosto de 2014.
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