Ela é acompanhada pela pianista Nina Schumann no CD Luminous Shade
A clarinetista sul-africana Maria du Toit, hoje radicada em Amsterdã, na Holanda, construiu um itinerário musical que alterna obras idiomáticas para o seu instrumento com uma amostragem da produção de compositores de seu país. O resultado é bastante interessante.
Na verdade, o mundo conhece pouco, quase nada da criação musical à europeia na África do Sul. É esta a razão que torna este CD uma revelação. Lá há sim bons compositores alguns que já obtiveram reconhecimento internacional, como Kevin Volans, Roelof Temmingh, Stefans Grové, Arnold von Wyk, Giedon Gafa e Hubert du Plessis (a própria listagem de seus nomes denota as múltiplas origens étnicas de cada um, aculturadas no país africano. A tatuada Maria du Toit, filha de pastor sul-africano, interpreta o belo e sereno “Canto Noturno”, de Hendrik Hofmeyr, de 58 anos, um dos mais celebrados compositores da atual geração.
Mas o CD “Luminous Shade”, ou sombra luminosa, é basicamente inclusivo. Começa com “Bucolique”, do francês Eugene Bozza, compositor e violinista que curiosamente é mais conhecido por suas peças para instrumentos de sopros. Mostra a sólida sonata de Rheinberger, típica da tradição germânica do século 19; três saltitantes peças de tinturas jazzísticas assinadas pelo clarinetista e compositor norte-americano Donald Martino; o tributo a Ravel do australiano Arthur Benjamin; uma peça solo do romeno Martian Negrea; e conclui com uma deliciosa fantasia de concerto sobre temas do Rigoletto do clarinetista italiano de Cremona Luigi Bassi.
Durante esta semana você pode ouvir na íntegra este CD, uma exclusividade da Cultura FM.
Maria du Toit – clarinete
Nina Schumann – piano
Gravado no Endler Hall da Universidade de Stellenbosch, Cidade do Cabo, entre 14 e 17 de novembro e 2011.
Selo TwoPianistas.
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