O pianista italiano Antonio Pompa-Baldi toca Lyapunov, Chopin, Liszt e Piana
Vencedor do Concurso de Cleveland, medalha de prata no Van Cliburn e premiado no Marguerite Long-Jacques Thibaut de Paris, Pompa-Baldi dispõe-se, em “Depois de uma leitura de Liszt”, fazer um jogo de espelhos. Ou seja, ele parte do estudo de execução transcendental no. 12 do russo Sergei Lyapunov, que já traz no título um tributo aos estudos transcendentais do compositor húngaro. Lyapunov, aliás, vai mais longe: intitula este estudo de “elegia em memória de Liszt”. Ele estudou em Moscou com um aluno de Liszt.
Da Rússia, Pompa-Baldi desloca-se para Paris, onde o recém-chegado polonês Frédéric Chopin dedica uma de suas obras-primas, os Estudos opus 10, a... Franz Liszt, que o acolheu na capital francesa. Na década de 1830, o húngaro já era incensado como virtuose diabólico do piano – no mesmo nível estratosférico de Paganini no violino e na viola.
O centro do CD está num tributo de Liszt a Chopin, a Balada no. 2, em si menor, uma reverência às estupendas baladas do polonês. A viagem termina com a primeira gravação mundial da composição que dá título ao CD, “Depois de uma leitura de Liszt”. Seu autor é o italiano Roberto Piana, nascido na Sardenha em 1971. Piana tece um mosaico onde cabem muitas das melodias e passagens mais famosas da obra de Liszt.
O CD foi lançado internacionalmente no ano passado pelo selo sul-africano TwoPianists, fundado pelo pianista português Luís Magalhães, radicado na Cidade do Cabo.
Durante esta semana, você pode ouvir na íntegra este passeio pelo universo do piano lisztiano.
Gravado no Endler Hall, na Universidade de Stellenboch, na África do Sul, em 30 de junho de 2013.
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