Em seis obras para cordas que exibem beleza e fina invenção
“O lugar onde a gente nasce não tem a menor importância. O importante é o lugar que a agente ama, onde estamos bem. Aí está a nossa pátria. Chegar a Ouro Preto é como chegar em casa. É monumento de arte, história, cultura e rebeldia. Amo mais Minas Gerais do que o Brasil.” A frase é de Ernani Aguiar. Ele nasceu em Petrópolis em 1950, mas gosta de dizer que nasceu mesmo em Ouro Preto, cidade que venera por tudo que ela respira de arte, cultura e música.
Mais do que isso, Aguiar pesquisou por muitos anos a música colonial brasileira – entre suas obras mais conhecidas e executadas aqui e internacionalmente está seu Salmo 150. Ao contrário da maioria dos compositores de sua geração – que estudou na Alemanha ou França --, Aguiar estudou violino e regência no Conservatório Cherubini, em Florença. Fez cursos de aperfeiçoamento em regência com Sergiu Celibidache.
Sua cabeça, portanto, jamais flertou com as técnicas de composição experimentais. Nem mesmo o dodecafonismo ele aceita. É um nacionalista assumido. Muito bem-humorado, é um homem em paz, que cria sua música acessível e muito bem construída, privilegiando antes de tudo o prazer de fazer da busca da beleza seu maior critério composicional. Isso, porém, não quer dizer que sal música é banal. Longe disso. É música de qualidade.
Professor de regência e prática de orquestra na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Aguiar é adorado pelos músicos. E também pelo público, já que sua música tonal mergulha fundo nas raízes da cultura brasileira.
O CD desta semana mostra seis obras para orquestra de cordas de Ernani Aguiar, com músicos da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, regidos por André Cardoso. Elas foram compostas entre 1979 e 2006.
FAIXAS
1.Sine Nomine et Sine Sensu
Concertazione I – “alla maneira di ]giovanni Battista Sanmartini”:
2. Andantino mosso
3. Andante grazioso
4. Allegro
Concertazione II “per il Natale di 1989” para barítono e cordas:
5. Vivave (Grave – Allegro)
6. Lento assai
7. Allegro vivo
8. Pastorale
Quatro Momentos:
9. Lento ma fluente
10. Vivo
11. Lento
12. Vivo
13. Elegia para Euzélio de Oliveira
Instantes I :
14. Molto allegro
15. Lento
16. Vivo
Instantes IV:
17. Allegro
18. Andante cantábile
19. Allegro commodo
Orquestra Sinfônica da UFRJ
Solista: Marcelo Coutinho (barítono)
Regência: André Cardoso.
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