Com o violoncelo de Hugo Pilger e o piano de Ney Fialkow, numa integral modelar
Claudio Santoro costumava dizer que uma obra musical só era significativa, relevante, quando viesse, simultaneamente, a exprimir ou a incitar uma paixão: por uma ideologia e seu respectivo sistema de poder; pelo amor a uma mulher; e pela defesa da concepção estética. César Maia Buscacio e Virginia Buarque escrevem estas palavras no texto do encarte do recém-lançado álbum “Integral da obra para violoncelo e piano de Claudio Santoro”, com Hugo Pilger e Ney Fialkow. E resumem: “ele não temia romper com escolhas que anteriormente fizera”.
Esta é uma das mais admiráveis qualidades da obra deste compositor que jamais se acomodou. Começou dodecafônico e discípulo de Koellreutter na virada dos anos 1930/40; encantou-se com o realismo socialista quando esteve no Congresso Internacional de Compositores e Críticos de Praga; e depois, ao abraçar técnicas eletroacústicas e eletrônicas e o improviso, concluindo com uma fase que se pode chama de eclética.
A outra qualidade, tão importante quando a primeira, é o rigor e a qualidade de sua criação musical. Não há nada banal, circunstancial, de ocasião. Tudo é estruturalmente significativo em suas criações.
FAIXAS
Sonata no. 3 (1943):
1. Alegre enérgico e recitativo
2. Grave
3. Allegro
4. Adágio (1946)
Sonata 2 (1947):
5. Allegro moderato
6. Lento
7. Allegro
Sonata 3 (1951):
8. Allegro deciso
9. Lento
10. Allegro deciso
11.Introdução e Dança (1951)
Sonata 4 (1963):
12. Lento – Vivo
13. Adagio
14. Moderato (Cadência)
15. Allegro molto
16. Encantamento (1982)
Gravado na Visom Digital, Rio de Janeiro, em 12,14 e 15 de outubro de 2019, exceto as sonatas 2 e 4, gravadas de 14 a 17 de fevereiro de 2020.
CD Visom, 2020.
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